POSTADO EM: http://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/3075315/oab-pede-a-renuncia-imediata-de-demostenes-torres
Demóstenes foi flagrado em negociações com o contraventor Carlinhos Cachoeira
Gravaçoes da Polícia Federal mostram transação entre o senador e o contraventor para a Copa do Mundo
O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante,
pediu, neste domingo (1º), a renúncia imediata do senador Demóstenes
Torres (DEM), investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por
envolvimento em esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás.
Para Cavalcante, Demóstenes vive uma situação "mortal" para um político e
não tem outra saída a não ser a imediata renúncia ao mandato,
considerada por ele uma "atitude moral".
Demóstenes foi flagrado
em negociações com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira. O senador recebeu um ultimato do DEM e deve ser
expulso do partido até a próxima terça-feira (20). Neste final de
semana, Demóstenes tem se reunido com assessores. Até no último sábado
(31) à noite, não aceitava sequer a hipótese de renunciar.
"É
uma medida extrema, pessoal, mas o teor das conversas telefônicas
mantidas com o empresário Carlos Ramos, divulgadas pela imprensa,
evidenciam uma situação mortal para qualquer político", disse Ophir
Cavalcante ao jornal O Estado de S. Paulo. "A gravidade das denúncias
por si só recomendam uma atitude moral. Continuar no cargo significa
expor-se cada vez mais e ao seu partido", acrescentou o presidente da
OAB.
Ao cobrar uma solução rápida para o desgaste que o
envolvimento de Demóstenes com corrupção expõe o Congresso Nacional,
Ophir Cavalcante insistiu em que a renúncia ao mandato não impedirá a
defesa de Demóstenes Torres, e caberá à Justiça decidir sobre sua
inocência ou não.
No ano passado, Demóstenes escreveu o prefácio de um livro lançado pelo presidente da OAB sobre a lei da Ficha Limpa.
O senador, que foi relator do projeto de lei, destacou que a sociedade
brasileira "não admite que os destinos da nação possam ser geridos por
representantes que não possuem conduta adequada à dignidade das
relevantes funções públicas".
Procurador de Justiça licenciado e
senador há nove anos, Demóstenes começou a cair em desgraça em
fevereiro, pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apura
esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás. Carlinhos
Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro. Outros seis
parlamentares estão envolvidos em negociações com o contraventor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário